28.6.11

Come Back.

De repente me deu tanta saudade.


Não ando tendo tanto tempo para isso, não ando tendo tempo de todas as formas. Mas vezenquando penso em você. Não daquele jeito que andava sendo por essas semanas estagnadas em rancor, mas de uma forma diferente começo a pensar em você. Andei pensando com tanto carinho em você que, vezes já bastante cansada, dentro do banho ou já quase adormecendo - não luto quando sou invadida por ti. Me permito até esquecer o que houve e não sinto mais raiva nem dor.. Só saudade. Desculpe a urgência de dizer, mas o que faço com tudo isso dentro de mim? Não sei diferenciar em bom ou ruim; sei que existem por você, e é nesse tempo sem você que me vem tudo. De todas as formas, de todos os perfis, o jeito de sorrir com pouca boca, o fitar que me balanceava de forma inigualável... É isso? Você em mim, dentro de mim para sempre? Desisti de ser feliz de modo impossível, porque é tão difícil querer classificar o que sinto, tão difícil medir o que sinto- para que não fique em vantagem, para que eu não fique em desvantagem. Mas o que é exatamente todo esse equilíbrio? O que é propor um? Acho que essa palavra, ou método não implica no amor verdadeiro, compreende? Você sabe o que é? Tu não sente e por isso não compreende, sente medo e agora - nesse verdadeiro inverno; sente frio. E fico pensando se em algum segundo, talvez um milésimo dele, onde você assustado afaste-o para bem longe do consciente, do subconsciente.. Deixe no inconsciente guardadinho, uma vontade bem quietinha de me ter por perto, naquela cama tão pequena que os pés ficavam para a vista do Lenny malandro. Será? Fico trincando por debaixo do cobertor imaginando essas coisas fúteis, tão cansadas, cansadíssimas. É isso que aconteceu, boy, a verdade é que cansei desse modo de levar as coisas. Então abro os braços e deixo ser, largo tudo, desisto dos esforços e apanho de todos os jeitos (im)possíveis... Mas sei que não se passa de mais de meus tempos, que no frio, sempre pioram - acho que ele sempre influencia nesse vazio- cemitério (coisa do Alves), onde só sei sentir saudade. Te desculpo agora, e até peço desculpas pelo o que não sei... Vou deixando-me esquecer tudo de errado, e lembro do pouco que me fez bem, do pouco que tive - que sempre será muito. Te quero aqui, aqui, aqui, estou agoniada! Te pergunto: Você não sente minha falta? Talvez sinta sim, naquele você que existe dentro de mim- tão diferente do que realmente é. Mas não ligo se é certo ou errado pra mim, tudo bem? Me deixe assim, vivendo do amor que sinto e não recebo- melhor que não sentir nada, e que esse nada seja vago. E que nos deixe vazios. Não quero isso, não irei esquecer, tô bem assim, é isso.
E te espero assim, bem de longe, sorrindo um pouco nas memórias- nelas percebo que espero o passado, que jamais virá e não você em forma; completo; mas, lá atrás onde o que eu sentia era mais forte e diferente da dor que agora sinto... Resolvo por fim, sentir sono para revê-lo de novo; para me permitir ser feliz um pouco dentro de mim. As pálpebras se fecham e eu juro que enxergo você à centímetros de meu nariz gelado, entre trincadas de dentes e o estômago pesado de dor e fome. Juro que teus olhos fitam os meus cansados, salgados, inchados - de menina que não usa maquiagem ou que já não dorme. Teus olhos fitam-me daquele jeito de gente que fala por dentro e não conta pra ninguém. Não me tire o sono agora, por favor, guardei tudo pra mim e estou sendo feliz.

"Fico cansado do amor que sinto, e num enorme esforço que aos poucos se transforma numa espécie de modesta alegria, tarde da noite, sozinho neste apartamento no meio de uma cidade escassa de dragões, repito e repito este meu confuso aprendizado para a criança-eu-mesmo sentada aflita e com frio nos joelhos do sereno velho-eu-mesmo: - Dorme, só existe o sonho. Dorme, meu filho. Que seja doce."


Um comentário:

  1. Você escreve muito bem!! Gosto muito de ler-te nestas linhas de puro sentimento e emoção e devoção às palavras do seu profundo coração!!!

    Parabéns!

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